terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Eu, Primavera (ou o dia da saudade)...



Eu tenho saudades de ver te passar por aqui...
Eu tenho saudades do que era...
Saudades da primavera...
Eu tenho saudades de mim...

Eu tenho saudades de quando você era real...
Saudades do meu próprio mal...
Saudades das tardes calmas...
Eu tenho saudades de mim...

Queria lembrar-me do meu próprio esquecimento...
Eu sinto a falta do vento...
Do seu olhar desatento...
Eu tenho saudades do fim...

Que não ocorreu...
Entre você e eu...
Que não existiu...
E só restou...
Eu, primavera

By João Ruiz (Influencia Band)

FUGA E SOLIDÃO


Olhe a morte, veio enfim ao teu encontro...
Na tua saudade sepultar meu coração...
Calando assim o teu cantar, sombrio e rouco, que dizia:
- Sou um louco, nesse louco sonho vão.

Há meu amigo, tu estás ficando frio...
Na palidez desse teu toque tão febril...
Entrega a alma, ò escravo do momento...
Entregue a Ele, nesse seu sonho infantil.

A ignorância se uniu aos olhos vesgos...
E o sangue esparramado calou tua vida cão...
Vi em minhas mãos o adeus, vazio e acre...
Para ti restou a fuga, para mim a solidão....

Há minha rosa com espinhos tão hostis...
Sempre fechada esperando o amor chegar...
Mas no teu medo enrustia a poesia...
E a sujeira não deixava teu amor desabrochar...


By João Ruiz (Influencia Band)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Sei Lá

Sei lá, você não disse que queria brincar até mais tarde?
Ou eu ouvi demais, ou você não quer ouvir
Pra lá, quem te doou um pedaço tão esquisito,
De um coração que você gosta achar abandido
Bendito é e não se fala mais nisso

Será que tem cupido nessa história de infinito?
Por que aflito, e reflito minha calma
E já sem hora, a senhora tem que me dar explicação
Te dei uma árvore de natal
Sem mesmo estar com um tostão

Ta caçoando, abusando, bolinando do meu tipo
E eu sujeito, muito esperto, sempre perto resguardando
Todo meu ódio, meu amor, te dou abrigo e uma flor
Se não queria agora quer, e se quer, aqui estou

Pra te acudir desse erro absurdo de achar tudo sem rumo, mesmo a te acompanhar
Você não vê que já não cabe dissimulação... Uma flor tão bonita não pode ser artificial
Eu me camuflo nos teus risos absurdos, pois eu sei que o teu choro já está para chegar
Mas eu te mostro algum dia, o teu orgulho cairá qual pedregulho e ficarei a te consolar

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Eu não presto, eu não presto...



Se sagas é o peito,
Se rasga-te o seio,
Então deixe-o...

Sou pura, puritana
Você sujo, embriagues
És breu, posto eu lumbride
Sou a fórmula, ser
Poesia e fermento
Da carne, carnívoro
Sânie, lindo

É o que te resta, querido
meu sobejo;
minha loucura, lacero;
póstumos desejos.

Balbuciei, balbuciaste
Sonhas? sonhos te dou...
Queres? quereres eu sou...
Amores?
Vaias ou protestos?

Eu não presto...
Eu não presto...